Casa velha em local estranho e inóspito

Laura vai acordando pouco a pouco, ela vai abrindo os olhos lentamente, ela nao se lembra de nada ao lado dela esta mike diggory que também não se lembra de nada, eles usam roupas da idade média.
estão numa casa antiga, destruida.

Lentamente fui abrindo os olhos, estava deitado no chão e não podia ver muita coisa, pois o local estava escuro. Estava suado, o coração estava rápido. Me levanto e ao meu lado, sentada, vejo uma mulher. Fico observando-a até que ela olha para mim.
- Quem é você? - Pergunto assustado.

Percebi que Laura estava tão confusa quanto eu e não vi problemas em me apresentar -Eu me chamo Mike, não faço ideia de como vim parar aqui. Não consigo lembrar de nada a não ser o meu nome. - Falei tentando ficar mais calmo e ao mesmo tempo mostrando que estava na mesma situação que ela. Vi que Laura usava um lindo vestido, e depois olhei para as minhas vestimentas que pareciam estar em perfeito estado, eram pretas com detalhes em vermelho. Andei pela sala escura procurando algo que me fizesse lembrar de alguma coisa. Você consegue lembrar de algo? - Perguntei tentando manter o diálogo.

- Estou me esforçando, mas a unica coisa que lembro é o meu nome. - Respondi e me sentei novamente. Após um tempo eu já podia enxergar melhor, podia ver mais claramente o local onde estavamos. Era uma sala não muito grande, havia uma janela com os vidros quebrados e os cacos no chão de madeira, que tinha rastros de cupim. A luz do luar invadia a sala refletindo num espelho que ficava em cima de uma pequena mesa no canto da sala. Havia uma cadeira no centro da sala em cima de um tapete. À frente da cadeira existia uma estante com alguns poucos livros empoeirados. Quadros com imagens de casas sob a luz da lua, encoberta por nuvens negras, davam um ar sinistro naquele quarto. Havia também uma porta de madeira que ficava ao lado da estante com livros. No vão entre a porta e o chão de madeira era possivel ver uma luz que adentrava o quarto. -Precisamos sair daqui, vamos procurar alguem ou algo que nos ajude a lembrar como viemos parar aqui. - Falei empolgado.

- Parece que está com fome não é, Laura? - Disse sorrindo para ela. - Vamos ver se encontramos algo para comer, é difícil pensar com fome. - Falei observando todos os detalhes da casa. Era uma casa velha, o vento que vinha de fora passava pelas frestas nas paredes. Olhando pelas janelas percebi algumas luzes lá fora, não podia ver claramente por causa da chuva. - O que são aquelas luzes lá fora?

- Que barulho foi esse? - Perguntei assustado e correndo para a janela para ver o que estava acontecendo. - Vou sair, tem algo acontecendo lá fora. - Fui em direção à porta que levava para fora.

Área rural onde as casas estão bem distantes umas das outras é o local que mais conserva ar puro.embora ar puro de fato, nao exista.

Eu não podia acreditar no que estava vendo. Vou andando lentamente embaixo da chuva e olhando para aquelas luzes distantes tentando entender o que eram. - Você acha que devemos ir até lá? - Perguntei assim que Laura chegou ao meu lado. De repente sinto uma dor de cabeça muito forte, caio de joelhos no chão com as mãos na cabeça dando gritos de dor. Imagens muito rapidas vão passando por meus olhos, imagens do passado. Laura tenta me ajudar.

Os flashs cessam e percebo que Laura segurava meu rosto. Olhei bem nos olhos dela, senti como se a conhecesse há muito tempo. Pensei por um momento na visão que tive. De forma inesperada, uma luz verde intensa, próxima aos meus olhos, faz com que eu os feche. Em seguida sinto uma dor terrível em meu rosto que me faz bater no braço de Laura involuntariamente. Me afastei rapidamente. - O que você está fazendo? - Pergunto pondo as mãos no meu rosto.

Tudo agora parecia mais confuso que antes. *O que foram aquelas imagens? Como ela fez aquilo? Como eu me curei? Que luzes são aquelas?*. Fui me levantando lentamente, pensando em tudo o que acontecera e olhando para Laura. - Isso é assustador. - Olhei novamente para as luzes distantes. Depois de um tempo parado, fui seguindo uma trilha que iá em direção àquelas luzes. Dei alguns passos e olhei para trás. - Você pode vir comigo se quiser, desde que não faça mais aquilo. - Disse com um leve sorriso no rosto. A presença de Laura me fazia bem.

Achei que o que Laura falou era um absurdo, mas no que mais eu poderia acreditar? - Entendo... é bom que suas memórias estejam voltando. - Falei com um ar de desconfiança, mas sabendo que ela não me faria mal. Estavamos caminhando dentro de um bosque, o sol já havia nascido, mas ainda continuava frio sob as sombras das árvores. A fome estava aumentando cada vez mais, e com aquela fome eu sentia cheiro de sangue *De onde vem este cheiro?* Olhava à minha volta, mas não via nada a não ser Laura e alguns poucos animais que se escondiam entre as árvores. Quando avistei um veado senti uma vontade incontrolável de matá-lo e beber seu sangue, senti uma pequena dor nos meus dentes caninos e levei a mão até eles, senti que estavam maiores. Laura olhava para mim assustada, tentei me controlar, mas aquilo era mais forte que eu. - Me desculpa, Laura. - Comecei a correr na direção do animal, com uma grande velocidade, até que dei um salto e cai em cima dele, derrubando-o. Minhas unhas estavam maiores e encravadas na pele do veado, mordi o pescoço dele e comecei a beber o sangue com o animal ainda se debatendo. - Pareee! - Gritou Laura. Escutei o grito e tentei parar, mas não consegui, aquele sangue era tão bom. De repente me lembrei quem eu era, o que eu era... um vampiro. Lembrei de pessoas que havia matado no passado, lembrei de outros vampiros com os quais tinha amizade e outros com quem lutávamos contra, lembrei de uma mansão na qual eu morava, além de outras coisas. Apesar de recordar de quase tudo, ainda não sabia quem exatamente era Laura e como fui parar naquela casa com ela. Depois de algum tempo, consegui parar. Caí sentado no chão e fiquei lá. Aquelas memórias vieram de forma inesperada, tinha sido um choque. Olhei para Laura, ela estava horrorizada, fiquei pensando em como iria explicar o que acontecera a ela.