Hoteis de Londres.

Região dos hoteis de Londres hoteis de diversas classes.

Entramos no hotel e falamos com a recepcionista, ela nos deu uma chave que continha um chaveiro de madeira com o número 13 em vermelho. A moça da recepção nos orientou, o quarto era no segundo andar no corredor à direita. Subimos até lá e paramos em frente à porta. - Não sei como vamos pagar por isso. - Lembrei que não tinha dinheiro algum. Entramos no quarto, havia uma cama de casal apenas, dois criados-mudos ambos com um abajur em cima, uma guarda-roupas, uma porta que levava ao banheiro e uma janela logo atrás da cabeceira da cama. Me sentei na cama e olhei pela janela que dava num beco escuro, um gato preto passava pela rua lá em baixo.

- Não, Laura. Estou pensando no que vamos fazer amanhã. Eu não faço ideia. - Tentei disfarçar, mas eu realmente estava preocupado. *Eu seria capaz de atacar Laura caso perdesse o controle novamente?*. Eu não sabia como iria me comportar caso sentisse fome ou sede novamente. Me levantei e fui até o gurda-roupas, quando abri encontrei algumas roupas em ótimo estado, parecidas com as que usavam nas ruas. - Veja Laura, alguém deve ter esquecido. - As roupas pareciam novas e deixadas ali há pouco tempo. Peguei a camisa branca e a calça jeans e fui até o banheiro. Depois de uns 20 minutos eu sai do banheiro, estava limpo e vestindo as novas roupas que encontrei. - Estava mesmo precisando de um banho. Como estou? - Perguntei a Laura. - Tem outras peças de roupa ali, veja se encontra alguma para você.

Na verdade não entendia nada, apenas sorri para ela. - Você vai poder dormir tranquila essa noite, não estou com fome. - Falei tentando acalma-la ou tentando fazer ela se sentir a vontade. Sentei na cama encostado na cabeceira da cama, fiquei olhando para a lua encoberta por algumas nuvens. Olhando mais para baixo só se podia ver neblina.

- Na verdade... naquele momento em que você segurou meu rosto, lá na frente daquela casa velha, eu tive uma visão. Eu estava abraçado contigo e estavamos correndo de alguma coisa, ou alguém. Não era muito nítido. - Contei para ela com uma expressão séria.

Um clarão vem da janela, eu olho rapidamente e vejo uma luz descendo da formação de nuvens que durava muito tempo. - O que será aquilo? - Continuei olhando, tentando enxergar alguma coisa, mas a luz era muito forte.

- Acho melhor descançarmos aqui hoje, tivemos um dia muito agitado. Você está exausta, quem sabe não lembre de algo nos sonhos. Amanha podemor ir ver o que é aquilo. - Sugeri a Laura, ela estava visivelmente cansada.

O dia já estava claro, mas eu não podia ver o sol, o céu estava nublado. Havia passado a noite acordado pensando nas coisas que aconteceram. Eu já havia me lembrando que era um vampiro e algumas coisas que aconteceram no meu passado, embora não soubesse de onde Laura era e o por que de me sentir tão à vontade em sua presença. Ela ainda estava dormindo, tivera um dia cansativo. Me lenvantei da cama e fiquei caminhando pelo quarto, esperando Laura acordar.

Escutei Laura dizer "Bom dia" e olhei para ela. Estava sentada na cama, esfregando os olhos. Fui para perto dela e me sentei ao seu lado. Ela me perguntou receiosa sobre quantas vezes eu me alimentava por dia. Ela estava realmente preocupada comigo, parecia que eu ia atacar ela a qualquer momento. Eu não sabia o que dizer para deixa-la tranquila, mesmo assim arrisquei algumas palavras. - Não precisa se preocupar com isso Laura, não sou capaz de ataca-la. - Eu não sabia se havia possibilidades de ataca-la, mas eu disse mais para
deixa-la mais tranquila, embora não soubesse se havia funcionado ou não. - O que vamos fazer agora?

- Sim, somos imortais, deve haver outros iguais a mim por ai. Tinhamos locais para nos encontrarmos, mas agora é tudo diferente, não sei por onde começar. - Falei enquanto lembrava dos antigos locais onde eu me reunia com vampiros do meu clã.

Verificando os bolsos da antiga vestimenta que usei, esperava procurar algum dinheiro, mas não tinha nada. - Parece que vamos ter que fugir. - Falei sorrindo. Lembrei da luz que haviamos visto ontem à noite e pensei em ir para lá, embora achasse que aquilo era mais uma das invenções da época. Abri a janela do quarto, olhei para baixo, o beco estava vazio, então chamei Laura. - Venha! - Ela se aproximou, parecia estar pensando em como iriamos descer. Abracei-a, olhei para ela e dei um sorriso como quem dissesse que aquilo iria ser divertido. Subimos na janela, olhei novamente para ela e agora ela parecia preocupada. - Segure-se bem. - Pulei abraçado a ela e, quando chegamos ao chão, ela me abraçava tão forte que era até difícil respirar. - Pronto! - Eu estava sorrindo enquanto ela estava abrindo os olhos.